Dra. ALINE STERQUE
CARDIOLOGISTA
e-mail: alinesterque@hotmail.com
A participação da cascata de ativação plaquetária já é bem estabelecida e conhecida no contexto clínico das SCA, como coadjuvante no processo aterotrombótico, bem como em outras síndromes isquêmicas como acidentes cérebrovasculares e doença arterial periférica.
Diversos fatores de risco cardiovasculares e marcadores prognósticos podem ser mensurados e avaliados no contexto clínico. A mensuração da função plaquetária em resposta às drogas antiagregantes pode vir a ser importante instrumento para identificar pacientes não respondedores ao clopidogrel, com isso permitiriam um ajuste da terapêutica instituída - por exemplo, aumento da dose do clopidogrel, administração em ataque ou substituição por outras drogas. Alem disso, poderia ser útil na monitorização da eficácia terapêutica, o que possibilitaria administração de doses eficazes sem aumento no risco de efeitos colaterais temíveis com este grupo de fármacos, como o sangramento.
Estudos iniciais demonstraram, com diversas técnicas de medida da função plaquetária, que há importante variabilidade individual na resposta antiagregante a estes fármacos, além de identificar os indivíduos que respondem de forma não adequada, atingindo níveis de inibição plaquetária muito baixos.
Os testes de medida de agregação plaquetária estão sendo amplamente testados no cenário de prevenção e na identificação de pacientes sob maior risco de ocorrência de eventos cardíacos maiores, sobretudo trombose após implante de stent.
Os testes mais conhecidos e estudados com esta finalidade são a agregometria óptica e o teste VerifyNow P2Y12(VN).
CARDIOLOGISTA
e-mail: alinesterque@hotmail.com
A participação da cascata de ativação plaquetária já é bem estabelecida e conhecida no contexto clínico das SCA, como coadjuvante no processo aterotrombótico, bem como em outras síndromes isquêmicas como acidentes cérebrovasculares e doença arterial periférica.
Diversos fatores de risco cardiovasculares e marcadores prognósticos podem ser mensurados e avaliados no contexto clínico. A mensuração da função plaquetária em resposta às drogas antiagregantes pode vir a ser importante instrumento para identificar pacientes não respondedores ao clopidogrel, com isso permitiriam um ajuste da terapêutica instituída - por exemplo, aumento da dose do clopidogrel, administração em ataque ou substituição por outras drogas. Alem disso, poderia ser útil na monitorização da eficácia terapêutica, o que possibilitaria administração de doses eficazes sem aumento no risco de efeitos colaterais temíveis com este grupo de fármacos, como o sangramento.
Estudos iniciais demonstraram, com diversas técnicas de medida da função plaquetária, que há importante variabilidade individual na resposta antiagregante a estes fármacos, além de identificar os indivíduos que respondem de forma não adequada, atingindo níveis de inibição plaquetária muito baixos.
Os testes de medida de agregação plaquetária estão sendo amplamente testados no cenário de prevenção e na identificação de pacientes sob maior risco de ocorrência de eventos cardíacos maiores, sobretudo trombose após implante de stent.
Os testes mais conhecidos e estudados com esta finalidade são a agregometria óptica e o teste VerifyNow P2Y12(VN).
AGREGOMETRIA ÓPTICA
É realizada em um aparelho conhecido como agregômetro óptico, que consiste em um espectrofotômetro com comprimento de onda fixo. Uma amostra de sangue centrifugada é utilizada para análise, que servirá para separar o plasma rico em plaquetas (PRP), que caracteristicamente é turvo. A luz transmitida através da amostra turva é medida em comparação com a referência (branco). O agonista (ADP em concentrações distintas) é adicionado ao PRP e resulta na formação de crescentes agregados de plaquetas, o que leva ao clareamento do PRP e permite que mais luz passe pela amostra. Este aumento na transmissão da luz é diretamente proporcional à quantidade de agregação e é amplificada e gravada como um sinal em um registrador de papel ou digitalizado em um computador usando o software AGGRO/LINK*. A amostra deve ser coletada com o mínimo de trauma local e em um tubo de citrato de sódio. Deve-se colocar ainda uma amostra em EDTA para a realização de hematócrito e contagem de plaquetas.
O ADP, o ácido aracdônico, o colágeno, a epinefrina e a ristocetina podem ser utilizados como agonistas. Cada um desses agonistas fará a avaliação de um componente da cascata de ativação plaquetária, entretanto apenas o ADP é de interesse para avaliação da atividade do clopidogrel. O exame é identificado como ADP5 (concentração de 5 umol/L),ADP10 (10 umol/L) ou ADP20 (20umol/L) de acordo com a concentração do agonista.
TESTE VERIFYNOW P2Y12
É atualmente o mais estudado devido a sua facilidade de realização , consistindo em um método point of care. Os dispositivos de teste VN contêm câmaras de detecção com microesferas revestidas de fibrinogênio humano e do agonista específico. Quando as plaquetas são expostas a estas substâncias ocorre a agregação plaquetária de acordo com o número de receptores disponíveis, ou seja,a ação da droga está sob teste. O instrumento mede essa agregação através da transmitância de luz, que estará aumentada no caso de uma função plaquetária normal e diminuída quando a inibição das plaquetas estiver ocorrendo. O resultado é expresso em unidades PRU (P2Y12 Reaction Unit).
A grande vantagem do VN comparado à agregometria óptica é sua fácil realização, com resultado em aproximadamente cinco minutos, sendo, portanto de fácil reprodutibilidade. A agregometria óptica é um exame de maior duração, extremamente dependente de um operador em várias etapas do exame. outra vantagem do VN sobre a agregometria ópica consiste no fato de que o VN é realizado em amostra de sangue total e não necessita de centrifugação.
Outros testes de medida de agregação plaquetária menos utilizados são plateletworks, Impact-R (espontâneo e estimulado pelo ADP), PFA-100, innovance PFA P2Y e VASP, com poucos estudos que avaliaram suas eficácias neste cenário.
Somente no ano de 2010 surgiu um estudo que comparou diretamente o desempenho dos diversos testes de medida da agregação plaquetária na identificação de eventos após imjplante de stent. O estudo POPULAR (Comparasion of Platelet Funcion Tests in Predicting Clinical Outcome in Patients Undergoing Coronary Stent Implantation) inclui 1.069 pts submetidos a ICP em caráter eletivo, com implante de stents convencionais e farmacológicos. Este trabalho avaliou o desempenho deuma série de testes para predizer a ocorrência de óbito de causas cadíacas, IAM e AVE não finais e trombose de stent no período de um após implante do stent.
Foram avaliados os seguintes testes: agregometria óptica (ADPS e ADP20, Verify|Now P2Y12, Impact-R (espontâneo e estimulado pelo ADP), PFA-100, innovance PFA P2Y. Apenas quatro testes foram capazes de predizer evento, que foram os testes de agregometria óptica (ADPS e ADP20), VerifyNow P2Y12 e plate letworkis.
Importante destacar que no estudo POPULAR o valor considerado como não respondedor ao clopidogrel foi de 42,9% quando avaliado o ADPS, com valor da área sob a curva (AUC) de 0,63 (IC 95% de 0,58 a 0,68) e 64,5% quando avaliado o ADP20, com AUC de 0,62 (IC 95% a 0,56 a 0,67).
Na análise pelo ADPS a taxa de ocorrência de desfechos primários foi de 6% versus 11,7% (OR 2.09, IC 95% 1.343.25; p<0,oo1) para os pacientes com ADPS<42,9% e >42,9%, respectivamente. Na avaliação do ADP20 os desfechos primários ocorreram em 6,2% versus 12% (OR 2.05; IC 95% 1.32-3.19; p=0,001 quando avaliados os pacientes com ADP20<64,5% e >64,5%.
O teste VNP2Y12 também foi capaz de predizer tais eventos, com AUC de 0,62 (IC 95% 0,57-0,67). para um corte 236 PRU. As taxas de eventos foram 5,7% e 13,3% para pacientes abaixo e acima desse vakir 9OR 2.53; IC 95% 1.63-3.91; P=0,001).
O ADP, o ácido aracdônico, o colágeno, a epinefrina e a ristocetina podem ser utilizados como agonistas. Cada um desses agonistas fará a avaliação de um componente da cascata de ativação plaquetária, entretanto apenas o ADP é de interesse para avaliação da atividade do clopidogrel. O exame é identificado como ADP5 (concentração de 5 umol/L),ADP10 (10 umol/L) ou ADP20 (20umol/L) de acordo com a concentração do agonista.
TESTE VERIFYNOW P2Y12
É atualmente o mais estudado devido a sua facilidade de realização , consistindo em um método point of care. Os dispositivos de teste VN contêm câmaras de detecção com microesferas revestidas de fibrinogênio humano e do agonista específico. Quando as plaquetas são expostas a estas substâncias ocorre a agregação plaquetária de acordo com o número de receptores disponíveis, ou seja,a ação da droga está sob teste. O instrumento mede essa agregação através da transmitância de luz, que estará aumentada no caso de uma função plaquetária normal e diminuída quando a inibição das plaquetas estiver ocorrendo. O resultado é expresso em unidades PRU (P2Y12 Reaction Unit).
A grande vantagem do VN comparado à agregometria óptica é sua fácil realização, com resultado em aproximadamente cinco minutos, sendo, portanto de fácil reprodutibilidade. A agregometria óptica é um exame de maior duração, extremamente dependente de um operador em várias etapas do exame. outra vantagem do VN sobre a agregometria ópica consiste no fato de que o VN é realizado em amostra de sangue total e não necessita de centrifugação.
Outros testes de medida de agregação plaquetária menos utilizados são plateletworks, Impact-R (espontâneo e estimulado pelo ADP), PFA-100, innovance PFA P2Y e VASP, com poucos estudos que avaliaram suas eficácias neste cenário.
Somente no ano de 2010 surgiu um estudo que comparou diretamente o desempenho dos diversos testes de medida da agregação plaquetária na identificação de eventos após imjplante de stent. O estudo POPULAR (Comparasion of Platelet Funcion Tests in Predicting Clinical Outcome in Patients Undergoing Coronary Stent Implantation) inclui 1.069 pts submetidos a ICP em caráter eletivo, com implante de stents convencionais e farmacológicos. Este trabalho avaliou o desempenho deuma série de testes para predizer a ocorrência de óbito de causas cadíacas, IAM e AVE não finais e trombose de stent no período de um após implante do stent.
Foram avaliados os seguintes testes: agregometria óptica (ADPS e ADP20, Verify|Now P2Y12, Impact-R (espontâneo e estimulado pelo ADP), PFA-100, innovance PFA P2Y. Apenas quatro testes foram capazes de predizer evento, que foram os testes de agregometria óptica (ADPS e ADP20), VerifyNow P2Y12 e plate letworkis.
Importante destacar que no estudo POPULAR o valor considerado como não respondedor ao clopidogrel foi de 42,9% quando avaliado o ADPS, com valor da área sob a curva (AUC) de 0,63 (IC 95% de 0,58 a 0,68) e 64,5% quando avaliado o ADP20, com AUC de 0,62 (IC 95% a 0,56 a 0,67).
Na análise pelo ADPS a taxa de ocorrência de desfechos primários foi de 6% versus 11,7% (OR 2.09, IC 95% 1.343.25; p<0,oo1) para os pacientes com ADPS<42,9% e >42,9%, respectivamente. Na avaliação do ADP20 os desfechos primários ocorreram em 6,2% versus 12% (OR 2.05; IC 95% 1.32-3.19; p=0,001 quando avaliados os pacientes com ADP20<64,5% e >64,5%.
O teste VNP2Y12 também foi capaz de predizer tais eventos, com AUC de 0,62 (IC 95% 0,57-0,67). para um corte 236 PRU. As taxas de eventos foram 5,7% e 13,3% para pacientes abaixo e acima desse vakir 9OR 2.53; IC 95% 1.63-3.91; P=0,001).