Dra. ALINE STERQUE
Cardiologistae-mail: alinesterque@hotmail.com
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte nos países ocidentais. Nos Estados Unidos,cerca de 12 milhões de pessoas apresentam doença arterial coronariana (DAC) e destes, um milhão desenvolvem uma síndrome coronariana aguda (SCA).
O tratamento da DAC pode ser dividido em medicamentoso, cirúrgico (revascularização miocárdica) e percutâneo. O tratamento percutâneo foi realizado pela primeira vez em humanos por Andreas Gruentzig em 1977. O procedimento consistia na utilização de um balão, que ao ser inflado no local da estenose coronariana, promovia a correção dessa lesão. Apesar dos resultados animadores, logo essa técnica apresentou um inconveniente - as lesões voltavam a estenosar com frequência. Para tentar solucionar esse problema, foram desenvolvidos no início da década de 90, dispositivos usados para ancorar a lesão e com isso reduzir as taxas de reestenose. Esses dispositivos - hoje conhecidos como stents convencionais - realmente reduziram a incidência de reestenose, mas não a um nível ideal.
Em 2003, novos stents foram introduzidos no mercado. Essa geração de stents apresentava uma característica revolucionária - eles eram eluídos em drogas, como sirolimus e paclitaxel, que reduziam a proliferação neointimal, diminuindo significamente a taxa de reestenose. Esses stents foram chamados de stents farmacológicos.
Se por um lado, os stents farmacológicos atenuaram o problema da reestenose, uma nova complicação surgiu em virtude dessa lenta reepitelização. A trombose intra-stent tornou-se um problema importante, já que levava a quadros dramático de SCA e morte. Para combatê-la fez-se necessária a utilização de drogas antiagregantes plaquetárias, bloqueando-se o sistema através de diferentes vias. As drogas classicamente utilizadas para esse fim são o ácido acetil salicílico(AAS) e o clopidogrel, constituindo a chamada dupla antiagregação plaquetária.
Apos o implante de um stent farmacológico, é mandatório o uso de AAS e clapidogrel, por um período mínimo de um ano. A eficácia antiagregante dessas drogas pode ser avaliada por testes de agregação plaquetária. O AAS pode ser avaliado por uma série de testes, sendo os mais utilizados a agregometria óptica, que mede a atividade da adenosina difosfato (ADP), e o teste point of care Verify Now.
Com a utilização desses testes nesse cenário, observou-se que 4% a 40% dos pacientes em uso do clopidogrel não apresentam antiagregação plaquetária em níveis ideais. Esses pacientes passaram a ser conhecidos como não respondedores ao clopidogrel, considerando-se o critério laboratorial.A atenção da comunidade médica voltou-se, então, para os testes de agregação plaquetária, pois muitas dúvidas persistem. Não se sabe ao certo, qual a repercussão da identificação dos pacientes mal antiagregados na incidência de desfechos clínicos em longo prazo. Além disso, não se sabe qual o valor de corte ideal para identificar os pacientes mal antiagregados e qual seria o melhor momento para realização da medida de agregação plaquetária. E finalmente, a melhor estratégia para manusear estes pacientes não está definida.
Se por um lado, os stents farmacológicos atenuaram o problema da reestenose, uma nova complicação surgiu em virtude dessa lenta reepitelização. A trombose intra-stent tornou-se um problema importante, já que levava a quadros dramático de SCA e morte. Para combatê-la fez-se necessária a utilização de drogas antiagregantes plaquetárias, bloqueando-se o sistema através de diferentes vias. As drogas classicamente utilizadas para esse fim são o ácido acetil salicílico(AAS) e o clopidogrel, constituindo a chamada dupla antiagregação plaquetária.
Apos o implante de um stent farmacológico, é mandatório o uso de AAS e clapidogrel, por um período mínimo de um ano. A eficácia antiagregante dessas drogas pode ser avaliada por testes de agregação plaquetária. O AAS pode ser avaliado por uma série de testes, sendo os mais utilizados a agregometria óptica, que mede a atividade da adenosina difosfato (ADP), e o teste point of care Verify Now.
Com a utilização desses testes nesse cenário, observou-se que 4% a 40% dos pacientes em uso do clopidogrel não apresentam antiagregação plaquetária em níveis ideais. Esses pacientes passaram a ser conhecidos como não respondedores ao clopidogrel, considerando-se o critério laboratorial.A atenção da comunidade médica voltou-se, então, para os testes de agregação plaquetária, pois muitas dúvidas persistem. Não se sabe ao certo, qual a repercussão da identificação dos pacientes mal antiagregados na incidência de desfechos clínicos em longo prazo. Além disso, não se sabe qual o valor de corte ideal para identificar os pacientes mal antiagregados e qual seria o melhor momento para realização da medida de agregação plaquetária. E finalmente, a melhor estratégia para manusear estes pacientes não está definida.
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